Encontrar a Ração Certa

Como Encontrar a Ração Certa para Seu Cachorro

Sabe aquela sensação de entrar na pet shop e se sentir completamente perdido? Pois é, já estive lá também. Um corredor inteirinho só de ração para cachorro, com dezenas de marcas, cores e promessas. Dá até um frio na barriga, não é mesmo?

Quando adotei minha primeira cachorrinha, a Nina, passei por isso. Fiquei parado uns 20 minutos olhando aqueles pacotes, sem saber qual escolher. E olha que ela nem estava comigo para dar palpite!

Mas calma, não precisa se desesperar. Depois de alguns anos (e alguns erros), aprendi que escolher a alimentação ideal para nossos peludos pode ser mais simples do que parece. Vamos bater um papo sobre isso?

O que realmente importa na hora de escolher

Antes de mais nada, precisamos entender que cada cachorro é único. Tipo gente mesmo! O que faz bem pro Caramelo da vizinha pode não ser o melhor pro seu Toby.

Quando olhamos um pacote de ração de qualidade, algumas coisas devem chamar nossa atenção:

  • Proteína animal como primeiro ingrediente (e não farinha disso ou daquilo)
  • Lista de ingredientes que dá pra entender sem um dicionário
  • Poucos conservantes artificiais
  • Composição adequada à idade e tamanho do seu cão

E sabe aquela ideia de que ração boa é sempre a mais cara? Puro mito! Às vezes a gente paga pelo nome bonito, pela embalagem chique ou pela propaganda na TV. Não caia nessa.

Marcas que costumam fazer bonito

Existem algumas marcas confiáveis que, na média, entregam boa qualidade. Não estou aqui pra fazer propaganda de ninguém, viu? Mas vale mencionar algumas opções que costumam agradar:

  • Royal Canin – O pessoal do pet shop aqui da esquina vive recomendando, especialmente pra cachorros com problemas específicos. Meu amigo Carlos só dá essa pro basset dele que tem problema na coluna.
  • Premier Pet – Vi muita gente com cachorros de estômago sensível elogiando. O poodle da Dona Cida melhorou 100% dos problemas intestinais depois que mudou pra essa.
  • Golden – Consegue equilibrar bem qualidade e preço. Foi a que usei quando a Nina era filhote e funcionou bem pra ela.
  • Hills Science Diet – Um pouco mais salgada no preço, mas resolve muita coisa. O veterinário sempre indica essa quando o bicho está com algum probleminha.
  • Pro Plan – Se seu cachorro é daqueles que não para quieto, essa pode ser boa pedida. O pastor alemão da minha prima, que faz competição, vai super bem com ela.

No fim das contas, o melhor mesmo é observar como seu cachorro responde à ração escolhida. Afinal, quem vai comer é ele, né?

Cachorros pequenos têm necessidades diferentes

Tem um yorkshire, chihuahua ou outro dog de bolsa? Então precisa ficar ligado em algo: esses pequeninos são como crianças hiperativas depois de tomar refrigerante! Comem pouquinho mas gastam energia como se não houvesse amanhã.

A ração para cães pequenos precisa ser mais calórica por porção. Além disso, os grãos precisam ser menores para não engasgar os bichanos. Parece bobeira, mas faz toda diferença.

Minha tia tinha uma shih tzu que se recusava a comer a ração que ela comprava. Descobrimos que os grãos eram grandes demais e machucavam o céu da boca da coitadinha. Mudou pra uma específica de porte pequeno e acabou o drama na hora das refeições.

Quando a coceira não acaba nunca

Se seu cachorro parece ter sido atacado por formigas invisíveis de tanto que se coça, pode ser alergia alimentar. E olha, isso é mais comum do que a gente imagina.

Tive uma vira-lata que coçava tanto que chegava a criar feridas. Depois de muito sofrimento, descobrimos que ela era alérgica a frango – justo o ingrediente mais comum em rações!

Nessas horas, vale considerar uma ração hipoalergênica ou uma ração natural. Elas geralmente eliminam os principais vilões das alergias: corantes artificiais, conservantes químicos e certos tipos de proteína.

A mudança foi como mágica. Em duas semanas, nada de coceira. O pelo começou a crescer onde tinha caído, e até o humor da cachorra melhorou. Ela voltou a ser aquela figura brincalhona de sempre.

Pelo bonito vem de dentro pra fora

Já reparou como alguns cachorros têm o pelo brilhante, enquanto outros parecem um tapete velho? A diferença muitas vezes está no prato deles.

Se seu amigão está com pelo sem brilho ou quebradiço, pode ser que a alimentação adequada esteja faltando. Uma boa ração com ômega 3 e ômega 6 faz maravilhas pela pelagem. São os mesmos nutrientes que os médicos recomendam pra gente ter cabelo e pele bonitos.

Lembro que adotei um vira-lata com pelo todo ressecado. Parecia que tinha passado por um furacão, coitado. Troquei a alimentação dele por uma com foco em pele e pelagem. Em menos de três meses, ele parecia outro cachorro! Até a vizinhança notou a diferença.

Menos química, mais saúde

Você evita comer alimentos cheios de corantes e conservantes, certo? Seu cachorro também merece esse cuidado.

As rações sem corantes e rações sem transgênicos estão ganhando espaço nas prateleiras. E não é à toa. Nossos bichinhos não precisam de grãos vermelhos, azuis e amarelos para se alimentarem bem. Isso é puramente marketing.

Uma dica esperta é observar a aparência da ração. Se parece um pacote de confete de carnaval, provavelmente tem corante pra caramba. Comida natural tem cores naturais, né, minha gente?

A terceira idade canina também precisa de atenção

Os cachorrinhos também envelhecem, e com isso vêm novas necessidades. Minha Nina já está com quase 12 anos agora, e suas necessidades são bem diferentes de quando era aquela bolinha de energia que virava a casa de cabeça pra baixo.

A ração para cães idosos costuma ter:

  • Menos calorias (porque eles ficam mais sossegados)
  • Suplementos para as juntas (pra afastar aquelas dores chatas)
  • Proteínas de digestão mais fácil
  • Menos sódio e gordura

Vale super a pena fazer essa mudança quando seu pet chega na “melhor idade” – por volta dos 7 anos para cães grandes e 10 para os pequeninos. A diferença na disposição é nítida! Minha véia voltou a subir no sofá e brincar como fazia anos atrás.

Controlando a balança do seu pet

“Ah, mas ele é só fofinho!” – essa é a frase que mais escuto de donos de cachorros acima do peso. Gente, vamos combinar: gordura não é fofura quando falamos de saúde.

Meu primeiro labrador parecia um barril com pernas. E a culpa era toda minha! Aqueles olhinhos pidões na hora do almoço me derretiam, e lá ia eu dar um pedacinho de comida da mesa…

Para cachorros com quilinhos a mais, existem rações light específicas. Elas têm menos calorias, mas continuam nutritivas e saborosas. O segredo também está nos petiscos – eles podem sabotar qualquer dieta.

O veterinário sempre me dizia: “O problema não está na tigela do cachorro, mas no prato do dono.” Ou seja, aqueles restinhos da nossa comida que a gente dá “só hoje” podem fazer um estrago no peso.

Quando o estômago é sensível

Existem cães com estômago de avestruz, que comem até pedra sem problema. Outros, no entanto, parecem ter sido feitos de cristal.

Se seu amigão tem gases frequentes (daqueles que expulsam a família da sala), diarreia ocasional ou vômitos sem motivo aparente, pode ser o caso de considerar uma ração para digestão sensível.

Essas rações usam ingredientes selecionados e mais fáceis de digerir. Algumas até incluem probióticos, aquelas bactérias boazinhas que ajudam nosso intestino também.

A cachorra da minha vizinha, uma buldogue francesa linda de morrer, tinha problemas intestinais constantes. Depois que trocou para uma ração específica, melhorou da água pro vinho. Como é bom ver o bichinho com saúde, né?

A troca precisa ser gradual

Um aviso importante: nunca, jamais, em hipótese alguma, troque a ração do seu cachorro de uma hora para outra! O sistema digestivo deles precisa de tempo para se adaptar.

O certo é fazer uma transição gradual, misturando a ração nova com a antiga por cerca de uma semana:

  • Primeiros dois dias: 75% da antiga e 25% da nova
  • Terceiro e quarto dia: metade de cada
  • Quinto e sexto dia: 25% da antiga e 75% da nova
  • A partir daí: só a nova

Acredite, essa dica vale ouro! Evita um monte de problemas digestivos que ninguém quer enfrentar (principalmente na hora de limpar).

Quanto colocar na tigela?

As embalagens sempre trazem tabelas de quantidade recomendada, mas são apenas sugestões. Na vida real, cada cachorro tem seu próprio metabolismo.

Um border collie que corre o dia inteiro em uma fazenda vai precisar de mais comida que um da mesma raça que vive em apartamento, por exemplo.

O melhor termômetro é observar seu cachorro: está mantendo o peso ideal? Tem energia boa? Então a quantidade provavelmente está certa. Se está engordando ou emagrecendo demais, hora de ajustar.

E por favor, não deixe comida à vontade o dia todo! Cachorros raramente têm autocontrole com comida. Eles são como crianças numa festa de aniversário – se deixar, comem até passar mal.

O que realmente importa no final das contas

Escolher a ração ideal pro seu cachorro mistura conhecimento sobre as necessidades dele com um pouquinho de tentativa e erro.

Não precisa ser a ração mais cara do mundo para você ser um bom dono. O importante é observar como seu animal responde: pelo bonito, energia boa, fezes bem formadas (sim, isso é importante!) e disposição são sinais de que você acertou na escolha.

E lembre-se: seu veterinário é sempre a melhor fonte de informação sobre alimentação. Na dúvida, pergunte a esse profissional. Afinal, ele estudou anos pra isso.

No fim do dia, queremos que nossos amigos de quatro patas fiquem com a gente por muito tempo, saudáveis e felizes. Uma boa alimentação para cães é o primeiro e mais importante passo nessa direção.

Você já achou a ração perfeita para seu cachorro ou ainda está testando? Seja qual for sua situação, espero que essas dicas ajudem você a fazer escolhas melhores para seu companheiro peludo.

Ah, e não esquece: o melhor alimento é aquele servido com uma boa dose de amor e carinho. Isso não tem em nenhuma embalagem, mas faz toda diferença para o seu amigão!

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