
Meu Filhotinho Está Chorando Muito: O Que Fazer?
Olá, amigo amante de pets! Já se viu no meio da madrugada com um cachorrinho recém-nascido chorando sem parar? Aquele som fininho que parte o coração e, ao mesmo tempo, deixa a gente meio sem saber o que fazer? Pois é, já passei por isso e sei bem como é difícil.
Quando ganhei minha primeira ninhada de filhotes para cuidar (a cadela da minha irmã teve 5 filhotinhos lindos!), confesso que fiquei perdida nas primeiras noites. Mas com o tempo, a gente aprende a entender o que aqueles choros significam e como ajudar essas pequenas bolinhas de pelo.
O que aquele chorinho está tentando dizer?
Primeiro, vamos entender uma coisa: o choro é a principal forma de comunicação do cachorro recém-nascido. É como o choro de um bebê humano – eles não têm outro jeito de dizer o que estão sentindo.
Sabe quando você ouve um cachorrinho recém-nascido chorando desesperadamente? Na maioria das vezes, ele está tentando comunicar uma necessidade básica:
- Pode estar com fome (e geralmente está!)
- Talvez esteja sentindo frio
- Às vezes é só uma carência mesmo, saudade do calor da mãe
- Ou pode estar com algum desconforto físico
Um dia desses, um dos filhotinhos da ninhada não parava de chorar. Já tinha mamado, estava quentinho… até que percebi que seu irmãozinho estava praticamente em cima dele! Às vezes a solução é bem simples, não é mesmo?
Alimentação: o básico para acalmar a choradia
Vou te contar uma coisa: na maioria das vezes que um filhote chora, é por fome. Simples assim. É como a gente quando está com aquela fome que dá até mau humor!
Se você está cuidando de um filhote sem a presença da mãe cadela, precisa ser o “chef” da casa. E não, não é qualquer leite que serve.
Como alimentar esse bebê canino?
O ideal mesmo é usar fórmulas específicas para filhotes que você encontra em pet shops. Tentei uma vez usar leite de vaca (era o que tinha em casa naquele momento desesperador) e não deu nada certo – o filhote teve diarreia e o choro aumentou ainda mais.
Aqui vão algumas dicas bem práticas:
- Use mamadeiras próprias para pets – elas têm o tamanho do biquinho ideal
- O leite deve estar levemente morno – teste na parte interna do pulso, como fazemos com as mamadeiras de bebês humanos
- Nos primeiros dias, precisa alimentar a cada 2 ou 3 horas – sim, inclusive de madrugada (prepare-se para noites mal dormidas!)
- Depois da mamada, observe se o filhote parece satisfeito
É engraçado ver como eles ficam depois de mamar – com aquela barriguinha redondinha e geralmente dormem na mesma hora. É uma sensação incrível, sabia? Parece que você venceu uma batalha!
A temperatura certa: meu filhote está com frio?
Outro motivo super comum para o choro é o frio. Filhotinhos são como aqueles amigos que estão sempre com frio, sabe? Eles não conseguem regular a temperatura do corpinho nas primeiras semanas de vida.
Na minha primeira experiência, fiz uma caminha super fofa com uma caixinha e paninhos, mas ainda assim os filhotes choravam muito. Aí uma veterinária me deu a dica de ouro: usar uma garrafa pet com água morna (bem fechada!) envolta em uma toalha junto da caminha deles. Foi mágico! O choro diminuiu consideravelmente.
Algumas ideias para manter seu filhotinho aquecido:
- Mantas bem macias (quanto mais fofas, melhor)
- Aquelas bolsas térmicas que você esquenta no micro-ondas
- Um cantinho da casa sem correntes de ar
- E claro, longe de pisos frios!
A regra de ouro é: se você está achando um pouquinho quente, para eles está perfeito!
Xixi e cocô: será que é isso?
Uma coisa que pouca gente sabe: filhotes bem novinhos, com menos de três semanas, não conseguem fazer xixi e cocô sozinhos. Na natureza, a mãe cadela lamberia a barriguinha e a região genital deles para estimular essas funções.
Como não temos essa habilidade (ufa!), precisamos usar um algodão ou paninho macio umedecido com água morna. Depois de cada mamada, faça uma massagem suave na barriguinha e na parte de baixo. Pode parecer estranho no começo, mas é essencial.
Já passei por situações em que o filhote chorava sem parar, e quando fiz esse estímulo… bingo! Era isso mesmo que ele precisava. O alívio é instantâneo, tanto para eles quanto para os nossos ouvidos!
Carência: sim, eles também sentem!
Às vezes o filhote já mamou, já fez xixi e cocô, está quentinho… e continua chorando. O que será?
Muitas vezes é pura carência. Pense bem: na natureza, eles estariam amontoados com os irmãos, sentindo o calor e o cheiro da mãe. É um conforto físico e emocional que faz muita falta.
Nessas horas, colocar um relógio de tique-taque perto deles (embrulhado em um pano) pode ajudar, pois simula os batimentos cardíacos da mãe. Outra dica é um paninho com o cheiro da mãe, se você tiver acesso a ela.
E, claro, também pode pegá-lo no colo um pouquinho. Não é mimando demais não, viu? É necessidade mesmo! Só tome cuidado para não ficar passando de mão em mão se tiver outros curiosos em casa – lembre-se que o sistema imunológico deles ainda está se formando.
Quando o choro pode ser algo mais sério?
Nem todo choro é “normal”. Às vezes pode sim ser sinal de que algo não vai bem. Fique atento se o filhotinho:
- Chora de um jeito diferente, mais agudo ou mais fraco que o habitual
- Não para de chorar mesmo depois de todas as necessidades atendidas
- Parece inquieto, não consegue se acomodar
- Apresenta outros sinais como barriga inchada ou muito dura
- Tem as gengivas pálidas
Uma vez, um dos filhotinhos da ninhada que cuidei começou a chorar de um jeito estranho, mais como um gemido. Achei melhor não esperar e fui direto ao veterinário. Era uma infecção começando! Quanto mais cedo tratar, melhor.
Organizando sua rotina com um filhotinho chorão
Cuidar de um cachorrinho recém-nascido não é tarefa para qualquer um. É trabalhoso e exige dedicação. Mas com organização, fica mais fácil.
Algumas dicas que salvaram minha sanidade:
- Faça um “rodízio” de cuidados se houver mais pessoas em casa
- Tenha todo o material necessário sempre à mão (leite, mamadeira, algodão…)
- Mantenha um diário simples anotando horários de mamadas e eliminações
- Tire pequenos cochilos sempre que o filhote dormir (sério, isso é importante!)
Lembro de quando organizei uma “escala” em casa com meu marido. Eu cuidava até meia-noite, ele assumia até as 4h, e depois eu voltava. Funcionou super bem e ninguém ficou muito cansado.
O que não fazer (aprendi da pior forma!)
Algumas coisas que descobri serem péssimas ideias:
- Não tente acelerar a mamada – cada filhote tem seu ritmo
- Nunca balançe um filhote, mesmo que levemente, quando estiver nervoso com o choro
- Não o deixe próximo de outros animais sem supervisão, mesmo que sejam “bonzinhos”
- Jamais force alimentação se ele não quiser mamar
Ah, e aquela vontade de usar um lençol mais fresquinho no verão? Melhor não! Filhotes precisam de calor constante, independente da estação.
Os dias vão ficando mais fáceis, eu prometo!
A boa notícia é que essa fase intensa de cuidados passa relativamente rápido. Em cerca de três a quatro semanas, os filhotinhos já começam a enxergar melhor, andar mais firme e explorar o ambiente.
Com umas cinco semanas, já começam a se interessar por papinha pastosa e o processo de desmame começa naturalmente. Até lá, paciência! Cada dia é uma pequena vitória.
E quando você menos esperar, aquele serzinho que não parava de chorar estará correndo pela casa, destruindo seus chinelos e trazendo muita alegria. Acredite, vale cada noite mal dormida!
As recompensas que vêm depois
Cuidar de um cachorrinho recém-nascido desde tão pequeno cria um vínculo especial. É diferente de adotar um filhote já desmamado. Aquela conexão tem algo de mágico.
Dos cinco filhotinhos que ajudei a criar, um deles ficou comigo. O Tobias. Ele era justamente o mais chorão da ninhada! Hoje é um companheiro incrível, super apegado a mim. Parece que ele lembra de quem ficou acordada tantas madrugadas cuidando dele!
É como dizem por aqui: “quem cria do leite, tem amor dobrado”. E é verdade mesmo.
Para finalizar: cada filhote é único
Se tem uma coisa que aprendi cuidando de filhotinhos, é que cada um tem sua personalidade desde cedo. Tem o mais comilão, o mais dengoso, o mais agitado, o mais dorminhoco…
Observe o seu pequeno chorão e, com o tempo, você vai entender melhor o que cada tipo de choro significa. É quase como aprender um novo idioma! Um idioma cheio de amor e lambidas.
E você, já passou por essa experiência de cuidar de um cachorrinho recém-nascido chorando? Quais foram seus maiores desafios? Tem alguma dica especial que descobriu?
Lembre-se sempre: essa fase passa rapidinho. Aproveite cada momento, mesmo os mais desafiadores. Logo você estará com saudade daquele chorinho de madrugada (ou não!).
Com carinho e latidos, Alguém que já encarou muitas madrugadas com filhotes chorões!